Design UI/UX e responsividade em aplicativos mobile

Com o início da pandemia no mundo e a aceleração do processo de descentralização do trabalho, assim como a substituição de aulas presenciais por ensino a distância e a demanda de tornar remoto o que antes era feito presencialmente o número de dispositivos eletrônicos comercializados mundialmente cresceu cerca de 81% segundo uma pesquisa da ACI Worldwide realizada em maio de 2020.

Esse crescimento todo, é de se levar em consideração que agora, mais do que antes, os nossos clientes possuem muitos mais modelos de dispositivos eletrônicos do que anteriormente, variando não apenas os softwares de sistemas que esses aparelhos utilizam, mas também as formas, dimensões, apresentações e finalidades.

É nesse cenário que o design e a responsividade no seu projeto se tornam muito mais importantes, tornando seu software mobile disponível para mais usuários e valorizando a experiência em cada dispositivo sem comprometer o desempenho do aplicativo.

A responsividade e o seu papel na acessibilidade do aplicativo

Vamos começar pela responsividade, você sabe o que ela significa? Se seu aplicativo vai estar disponível na AppleStore ou na PlayStore, por exemplo, saiba que além dos celulares essas plataformas também são disponibilizadas para outros dispositivos como tablets e iPads.

Por padrão as dimensões desses equipamentos são quase 2 vezes maiores que as telas de smartphones, e para esses casos a responsividade chega como uma ferramenta de adaptação do seu app para diferentes tipos de dispositivos. 

Responsividade vs Experiência de usuário

Não é difícil encontrar apps que são redimensionados incorretamente de acordo com os dispositivos que o usuário utiliza. Isso afeta o desempenho do aplicativo e a vivência do usuário dentro da plataforma. 

A alocação incorreta dos componentes visuais do sistema gera, além da dificuldade de maior alcance de novos utilizadores, uma insatisfação do seu cliente e queda na qualidade da experiência do usuário.

Como a responsividade funciona? 
 

De forma simples e direta a responsividade de um aplicativo o torna capaz de se adaptar a diferentes telas, conseguindo se encaixar em dimensões distintas sem perder a estética empregada inicialmente na construção do app, através da renderização dos pixels nas viewports dos dispositivos.

Agora que já entendemos como priorizar a implementação de um projeto responsivo nos apps, entramos em outro assunto muito importante para a aceitação do seu aplicativo: o design e para isso temo UI e o UX. Você deve estar se perguntando…

O que é design UI e UX?

O design UI, ou design de interface do usuário, está voltado para os componentes que possibilitam que o usuário utilize a aplicação, como os botões, scrolls, menus, slides, e tudo o que ele pode interagir dentro da plataforma.

Já o design UX, ou design de experiência do usuário, está conectado com as sensações, emoções e sentimentos que o usuário tem com a experiência dentro do aplicativo. É muito mais subjetivo e está além da estética, deve respeitar etapas e processos para ser alcançado.

Ambos design trabalham juntos, um proporcionando ser possível a interação com o sistema e o outro proporcionando maior qualidade com essa interação. Se ligados a responsividade eles possibilitam a criação de um aplicativo muito mais acolhedor e promissor nas mais diferentes telas onde o app será utilizado.

E para te ajudar a colocar em prática esses conceitos, vou deixar na sequência alguns pontos cruciais para um projeto que asseguram melhor aceitação pelos usuários e estejam dentro do padrão de responsividade.

1 - Construa etapas 

Esse ponto está estritamente ligado ao design UX, não basta simplesmente construir as páginas da aplicação, mas deve-se ordená-las para que o usuário tenha facilidade em iniciar e finalizar ações dentro do app. Isso vai desde a compra de um cupom até a finalização de algum exercício proposto.

Além disso, o fato de dividir um processo em etapas facilita a tomada de decisões pelo cérebro, que não precisa analisar muitos fatores para finalizar uma tarefa e também gera o sentimento de progresso no usuário, tornando mais difícil a retomada para o ponto anterior ao estágio já alcançado. 

2 - Não deixe o ambiente poluído
 

Temos que encarar a mente humana como uma criança: ela se desconcentra facilmente, gosta de se relacionar com tudo o que vê pela volta e logo se cansa. Segundo o pesquisador da Universidade Estadual da Califórnia, Larry Rosen, a concentração média do nosso cérebro está entre 3-5 minutos de atenção, antes de nos distrairmos.

Quando navegamos por softwares que nos fornecem muitas informações, como é o caso das redes sociais, é fácil perder o foco no que se estava fazendo e em seguida se entediar com o feed. No caso de aplicativos exclusivos, o ideal é concentrar o número de informações na finalidade do aplicativo. Mantendo um visual limpo e organizado através do design UI.  

3 - O papel dos widgets na estética e nas funcionalidades
 

Diferente dos notebooks e computadores, os smartphones e tablets são utilizados, geralmente, com as mãos, não havendo um mouse para direcionar a intenção de acessar algum campo da tela pelo usuário. 

Aqui entram pontos que envolvem tanto o design UI quanto o UX, pois se de um lado temos que seguir um fluxo, sem que ele se quebre por esbarrar em botões que não fazem parte de determinada etapa, temos que construir um visual que facilite esse manuseio no app.

Além de construir widgets maiores para evitar esbarrões, temos que levar em consideração a sua posição na tela para os usuários. Considerando que 90% das pessoas do mundo são canhotas, o app deve favorecer atalhos que sejam de fácil alcance pela mão direita, facilitando ainda mais a utilização do app.

Diferentes que se completam

Já deu para perceber que todo o processo de construção deve ser pensado para garantir a qualidade do projeto e que tudo está interligado. O design UI constrói a ponte para o design UX e ambos são definidos para a satisfação do usuário.

Assim como a responsividade que garante uma maior confiabilidade no sistema, oferecendo o design e a experiência projetada em diferentes interfaces e dispositivos.

Sem esses três componentes, se torna muito difícil conduzir uma aplicação estável e confiável para oferecer nas plataformas de venda de aplicativos e por isso sempre valorizamos cada pequeno detalhe dentro dos nossos projetos.

Colocando em prática

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